A Polícia Civil de Garunhuns, cidade do interior de Pernambuco, prendeu na quarta-feira (11) um trio acusado matar, esquartejar e comer partes dos corpos de pelo menos três mulheres. Os atos de canibalismo foram confirmados pelos suspeitos Jorge Negromonte da Silveira, de 51 anos, Isabel Torreão, de 51, e Bruna Cristina Oliveira, de 25.
Segundo os agentes do 2º DP, responsável pela prisão, as investigações começaram após o desaparecimento de uma jovem chamada Gisele, em fevereiro de 2007. Após pouco tempo outra jovem foi considerada desaparecida pela família, mas para os investigadores os casos pareciam não ter ligações. Porém, nos últimos meses a família de Gisele apresentou à polícia uma fatura de um cartão de crédito da vítima. Na conta, constavam compras recentes em vários estabelecimentos. Foi quando a polícia, com as imagens das câmeras de segurança das lojas, fez o reconhecimento do trio.
As vítimas eram atraídas por uma falsa proposta de emprego de babá já que o casal, Jorge e Isabel, criava uma menina de 5 anos. Ao chegar ao local, a candidata era abordada e morta pelo grupo. Os acusados revelaram ainda que a criança é filha de uma vítima anterior, Jéssica, morta em 2008. A terceira acusada, Bruna Cristina era amante de Jorge e ajudava nas atividades da casa.
A prisão ocorreu na quarta-feira, às 6h. Surpreso, o grupo negou qualquer envolvimento com as vítimas. Porém, durante depoimento realizado separadamente na delegacia, Isabel confessou que eles são membros de uma seita e realizavam constantes atos de “purificação da alma”.
Isabel explicou ainda que a vítima era morta e logo tinha a pele arracanda por Jorge, que chegou a registrar os assassinatos em um livro de cordel chamado “Revelações de um esquizofrênico”. Bruna também tinha um diário e relatava as mortes como “missões realizadas com sucesso” no processo de purificação da cidade. Entre os três, Bruna seria a que mais gostava de comer a carne das vítimas.
De acordo com a polícia, os acusados podem responder por pelo menos oito assassinatos, que teriam sido cometidos no intervalo de sete anos. Isabel era conhecida na cidade por vender salgados e empadas. Aos investigadores, ela chegou a assumir que “só colocava alguns pedacinhos” de carne humana nas empadas e as vendia no pronto-socorro e órgãos públicos da região – assim como na própria delegacia.
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