'' estudante Jackeline '' |
A jovem de Paraguaçu Paulista passou na seleção de curso que não existia.
Segundo MEC, a faculdade assinou termo de adesão oferecendo o curso.
A estudante de Paraguaçu Paulista, no interior de São Paulo, que conseguiu vaga pelo Prouni em uma faculdade de Londrina, mas, o curso escolhido não era oferecido, terá que esperar até o dia 7 de fevereiro para resolver definitivamente a situação.
Nesta terça-feira (31), Jackeliny Fonseca esteve na faculdade, que ofereceu uma vaga no curso de Farmácia em outra instituição do mesmo grupo administrativo, no entanto, a estudante precisa aguardar o fechamento das chamadas do Prouni para fazer a transferência.
“Nós fomos até a faculdade hoje (terça-feira) e garantimos a bolsa no Prouni e fizemos a matrícula lá. Agora, depois do dia 7, eles vão fazer a transferência para a outra universidade que oferece o curso. Pelo o que tudo indica, o problema pode ser resolvido”, afirma a estudante.A estudante teve um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e com isso conseguiu se classificar no Prouni, programa de bolsas de estudo do Governo Federal, voltado para alunos de baixa renda que queiram estudar em uma universidade particular.
Na página do Ministério da Educação, na internet, o nome de Jackeliny aparece em primeiro lugar no curso de farmácia, em uma faculdade de Londrina, no Paraná. E em segundo em uma universidade de Marília, também no interior de São Paulo. Ela optou pela faculdade paranaense, mas quando a mãe da estudante ligou para se informar sobre a matrícula, teve uma surpresa: o curso não era oferecido na universidade.
Como a estudante escolheu a vaga na faculdade de Londrina, automaticamente, o sistema do MEC a desclassificou da segunda opção. “Foi uma surpresa muito ruim, estava muito feliz por ter conseguido e quando fui marcar com o coordenador do Prouni fui informada que não tinha o curso, foi um choque”, conta Jackeliny.
Segundo o Ministério da Educação, a faculdade assinou o termo de adesão ao Prouni, oferecendo vagas no curso de farmácia. O MEC deu prazo de 48 horas para instituição explicar a situação e se for comprovada alguma irregularidade, ela pode ser descredenciada.
Por meio de nota, a faculdade justificou que o curso não foi aberto por falta de demanda, ou seja, não houve interesse de alunos suficientes para formar uma turma. O advogado da estudante, Bruno César Perodelli, disse que a faculdade não informou o que teria acontecido no caso de Jackeliny, mas, se colocou a disposição para resolver o problema.
“Acredito que tenha ocorrido um erro de fiscalização, mas, o MEC e a faculdade enxergaram o erro e se colocaram a disposição para solucioná-lo. A Jackeliny já garantiu a bolsa no Prouni e está matriculada no curso de farmácia noturno da faculdade, assim que terminarem as chamadas da outra universidade, a transferência vai ser feita”, explicou.
Questionado se existe o risco de não sobrar vaga para a estudante, o advogado ressaltou que eles foram até a outra universidade e a reitoria garantiu a transferência. “No entanto, somente depois do dia 7 de fevereiro vamos ter uma resposta definitiva”, finaliza.