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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Assis - Prefeito de Assis, SP, faz balanço dos três anos de governo em seu 2° Mandato



     

Ézio Spera participou de entrevista nesta terça-feira. 
Ele falou de assuntos como saúde, infraestrutura e denúncias políticas. 

Ézio Spera fecha a rodada de entrevistas feitas com prefeitos da região. O Prefeito respondeu questões em relação a assuntos de interesse da população como saúde, infraestrutura, desenvolvimento econômico e impasses políticos.
1º bloco
Na primeira parte da entrevista, Ézio Spera falou sobre denúncias envolvendo o distrito industrial de Assis. Desde 1988 a Prefeitura vem doando áreas para empresários que queiram se instalar no município. São 1600 lotes com 600 metros quadrados cada um e muitos viraram indústrias, mas em outros foram construídas casas e chácaras,
As irregularidades só foram descobertas porque empresários da cidade que necessitam de áreas para expandir os negócios não conseguiram ser beneficiados pelo programa. As irregularidades foram parar na Câmara e uma comissão foi criada para apurar o caso, que ainda é investigado pelo Ministério Público. O relatório foi concluído e os vereadores constataram que cerca de 900 lotes tiveram desvio de finalidade. Apenas 4 lotes foram retomados pela prefeitura.
De acordo com o Prefeito, o problema acontece porque muitas empresas conseguem a escritura, mas, por questões econômicas não conseguem se instalar. “Todo processo demorou em média 5 anos, então nesse período algumas empresas quebraram, mas, a Prefeitura assim que soube das irregularidades procurou a justiça para retomar os lotes”, explicou.
Ainda sobre o Distrito Industrial, empresários reclamam da falta de infraestrutura e de ruas que não são asfaltadas. Ézio Spera explicou que o asfalto ainda não foi feito porque a Prefeitura licita com a Sabesp obras de esgoto, que precisam ser feitas antes do asfalto. “Antes dessa obra não podemos asfaltar, para depois ter que abrir as ruas e retirar o que foi feito. Mas, temos feitos medidas paliativas, como a terraplanagem das vias”, justifica.
A falta de investimentos no esporte, que resultou no fim do tradicional time de basquete da cidade, também foi abordada. O fim do time de futsal em 2010 e do Assis Basquete despontara uma crise política no governo municipal. O racha com o vice-prefeito João Rosa e a suspensão do repasse de R$500 mil por ano para a equipe de basquete foram o ponto final para o esporte na cidade.
Sobre os investimentos no esporte, o prefeito explicou que havia um convênio com um banco que fazia o repasse de parte das verbas para o time de basquete que não foi renovado e a prefeitura decidiu investir em outros esportes também e não priorizar apenas uma modalidade.
O racha trouxe à tona também denúncias de irregularidades no governo feitas pelo vice João Rosa. Uma delas é o desvio de verba na construção de uma caixa d'água para o AME, o que obrigou o prefeito a ir a Câmara prestar explicações.
Outra denúncia levada ao Ministério Público foi a de que o prefeito Ézio Spera teria feito um empréstimo de R$20 mil em 2007 com o presidente da Associação Comercial para sanar dívidas pessoais e teria obrigado 4 secretários do seu governo a pagar as parcelas em troca de mantê-los nos cargos.
Os cheques, de acordo com o ex-secretário de educação Rubens Cruz, eram entregues diretamente ao procurador, Jorge Spera, parente do prefeito. O denunciante teria reunido provas do suposto "mensalinho" e entregue à Câmara, que decidiu não investigar o caso. O processo corre em segredo de justiça por envolver quebra de sigilo bancário. Na época o prefeito negou todas as acusações.
Ézio Spera justificou que sobre a denúncia desvio de verbas, a questão chegou a promotoria que arquivou o processo. Quanto às demais denúncias, o prefeito preferiu não se manifestar. “Como são casos que estão na justiça, inclusive em segredo, prefiro não abordar o assunto no momento, mas, assim que a conclusão das investigações surgirem vou me manifestar”, afirmou o prefeito.
2º Bloco
A infraestrutura da cidade também foi tema da entrevista. A estrutura eficiente diante dos temporais também são queixas frequentes da população, especialmente durante o período de chuvas, quando os estragos costumam ser maiores. O prefeito foi questionado sobre quais soluções poderiam ser tomadas para evitar o problema.
“Nós estamos com obras em andamento de construção de galerias, 30 quilômetros já foram feitos e só falta a área central, cujo projeto está em análise na Caixa Econômica Federal. Não fizemos antes porque ao todo nesses 7 anos de mandato (ele está no segundo mandato como Prefeito) foram ao todo 5 projetos aprovados pelo PAC e isso demanda tempo”, completa.
Outra grande polêmica na cidade é o contrato com a Sabesp, que venceu em agosto de 2010, por se tratar de uma concessão de 30 anos a administração municipal fez exigências como a definição em conjunto da taxa de cobrança nas contas de água e investimentos como a construção de uma nova estação de tratamento de esgoto no Distrito Industrial.
Na Câmara Municipal Vereadores ficaram meses estudando o projeto e na última sessão do ano passado não compareceram em número suficiente para votar. Sobre o impasse, Ézio Spera afirmou que a população não está sendo prejudicada. “O serviço está sendo realizado, a Sabesp continua atuando na cidade, é um contrato que demanda tempo e a cidade vai tomar a decisão na volta dos vereadores”, garante.
A saúde também foi alvo de protesto da população e de servidores municipais. A situação do posto do bairro Bonfim é um exemplo do caos geral no atendimento público. Os prédios não têm infraestrutura necessária e faltam médicos. Por causa do desfalque de pediatras na rede de saúde o próprio prefeito, que é pediatra, já arregaçou as mangas e atendeu a população no seu consultório particular. Para o prefeito, o problema é nacional, inclusive ele afirma que procurou médicos até no nordeste e a prefeitura tem procurado solucionar a falta de médico.
E a implantação do Samu é mais uma questão a ser resolvida neste ano, mais precisamente em fevereiro. Assis e municípios vizinhos que enviaram o projeto ao Governo Federal para uso conjunto da unidade móvel consideram alto o custo de manutenção do serviço, cerca de R$1.800.000,00 por mês e podem ser multados se não puserem em prática o atendimento de emergência. As ambulâncias estão paradas há 2 anos. Segundo Ézio Spera, o problema é financeiro e não depende só de Assis. “Onze cidades assinaram o convênio e todas precisam se comprometer com a estrutura que uma regional do Samu demanda”.

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