Giulliano Schincariol Bordieri de Carvalho |
A invasão à casa do empresário, no bairro Morumbi, Zona Sul da capital paulista, ocorreu em 19 de fevereiro do ano passado. O morador era muito amigo do suspeito a quem ajudou financeiramente, custeando, inclusive, sua permanência na França para a representação de sua marca.
Segundo apurado na época pela polícia, Giulliano foi acolhido na casa do empresário e aproveitado para mapear a localização dos objetos de valor. De acordo com a polícia, as informações foram passadas para uma quadrilha especializada em roubos. Ele também teria se apropriado do controle remoto do portão.
Para assaltar a casa, a quadrilha entrou pelo portão da frente e foi direto aos locais onde estavam joias e dinheiro. Por conta disso, a polícia suspeitou que os assaltantes sabiam exatamente o que queriam, pois tinham informações privilegiadas. Segundo a vítima do roubo informou à polícia, foram levados 14 relógios, R$ 200 mil (em reais, dólares e euros), dois notebooks e um computador.
No notebook roubado, encontrado na posse de Giulliano, havia dados sobre a fórmula de um novo tipo de cosmético da Inoar. De acordo com o delegado Walter Ferrari, da Delegacia de Repressão a Roubos Especiais do Deic - por meio da assessoria de comunicação - o assisense foi mentor do roubo à casa do industrial, de quem era amigo.
No decorrer das investigações funcionários foram ouvidos, mas o foco era o assisense. Ligações telefônicas apontavam contato entre ele e os possíveis autores. De acordo com a vítima, o empresário estaria interessado em uma fórmula para alisamento de cabelo que seria vendida no exterior.
A polícia conseguiu mandado de busca e apreensão e de prisão. Parte de jóias, dinheiro e notebooks foram recuperados. Giulliano, segundo a polícia, circulava entre importantes empresários na capital e interior de São Paulo intermediando negócios. INDIGNAÇÃO – A decisão da Justiça em soltar Giulliano, causou indignação à vítima Alexandre Nascimento.
Questionado sobre o que achou de o ex-amigo ser liberto, respondeu que: "Minha opinião é que o sistema judicial do Brasil é um lixo. Mas isso não é novidade, todos sabem. Isso só estimula a criminalidade no País. Na mente dos bandidos o crime está compensando, já que a pena é branda. Hoje, ser criminoso no Brasil está virando o ditado popular de que o crime não compensa. Aqui compensa sim!", desabafou.
Empresário Alexandre Nascimento, 35 anos, natural de Assis
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