O presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Cid Carvalhaes, defendeu neste domingo a necessidade de um fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), em ato que ocorreu no Parque do Ibirapuera.
Além de mais investimentos por meio da melhoria dos hospitais já existentes e ampliação das unidades, a categoria quer elevação do piso salarial.
Para chamar a atenção da população sobre o conjunto de reivindicações, o Simesp montou duas tendas próximo ao portão 10 do parque, onde profissionais da saúde ficaram à disposição das pessoas que passeavam pelo local para medir a pressão arterial.
Das 10h às 14h, foram em torno de mil atendimentos, dos quais foram diagnosticados 25 casos de hipertensão.
"Queremos que a população se conscientize de que o SUS é dela e que ela tem de defendê-lo", disse Carvalhaes. Ele informou que em todo o país existem 145 milhões que dependem do atendimento médico gratuito, mas que a precariedade da infraestrutura e a má remuneração está comprometendo a qualidade dos serviços.
"No país todo temos um estrangulamento com pacientes atendidos na emergência e sem suporte para continuidade no tratamento", afirmou ele. O líder sindical observou que há uma estimativa do Ministério da Saúde , segundo a qual, neste ano de 2012, haverá um déficit no orçamento do setor de cerca de R$ 40 bilhões.
Carvalhaes também criticou o processo de privatização parcial do sistema de saúde, dizendo que ele só serve para aumentar o lucro das empresas, dificultando o acesso ao atendimento de quem não pode pagar pelos serviços.
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