''Batalhão da PM Assis'' |
Ela foi procurada pela reportagem da rádio, para falar sobre seu recente afastamento do GP e desabafou sobre a atitude do comando que, segundo ela, sofreu pressão política, por isso a afastou.
A policial criticou as condições de trabalho oferecidas no local, dizendo-se desmotivada e desrespeitada profissionalmente. Em dado momento da entrevista, afirma que o GP de Florínea é o pior do Estado, com metade de policiamento feminino, condições precárias, insalubres, falta de viaturas. Ela acrescenta que a cidade é pequena, mas tem toda a problemática de uma cidade grande; "Temos dificuldades, sim, de efetivo. Estou querendo fazer um policiamento rural e não posso porque não tenho efetivo e viatura para dar apoio aos sitiantes e fazendeiros. Somos em três policiais mulheres, metade do efetivo é feminino. Estou para tirar licença prêmio e não posso porque não tenho efetivo", expôs.
Questionada pelo repórter Sidney Fernandes sobre o que acha que acontecerá depois da entrevista, a sargento admitiu que poderia ser punida. "O comando, provavelmente vai me reter administrativamente, porque não posso ficar dando essas entrevistas, mas não posso ficar quieta quando estou trabalhando, se eu estivesse sem trabalhar, estivesse errada, tudo bem, mas estou desenvolvendo um trabalho bom. O índice de criminalidade reduziu, os moradores têm a sensação de segurança que a PM tem a obrigação de passar à população. Fico chateada, e desmotivada, em saber que sou tratada sem respeito profissional por parte dos meus comandantes".
JUSTIFICATIVA - De acordo com o comandante interino do 32 Batalhão da Polícia Militar do Interior/Assis, major Carlos Alberto Hipólito, a 1 sargento Solange é, até então, comandante do Grupamento de Florínea há cerca de um ano.
O que ocorre, conforme explica, é que o comandante da 3 Cia., com sede em Cândido Mota, capitão Campos, decidiu transferi-la para citada unidade devido a escassez de sargentos, pois alguns foram fazer cursos e outros se aposentaram.
"Há uma defasagem de sargentos e foi necessário equalizar a área. Outros sargentos serão remanejados, na verdade ela (sgto Solange) e mais dois. Eu autorizei o capitão Campos a fazer o remanejamento", explica.
O major assegura que não há qualquer perseguição política, nem nada de cunho pessoal para a retirada da sargento Solande de seu posto. "Houve um planejamento e os motivos foram explicados; todos entenderam, exceto ela".
Questionado sobre a possibilidade de a policial sofrer represálias, o major responde que todos os atos de policiais militares estão sujeitos ao regulamento interno e será apurado se houve transgressão.
"A corporação tem todos os canais abertos para reclamações. O comando geral (representado por ele) atende a todos que tenham qualquer crítica a fazer. Não há necessidade de procurar órgãos externos para reclamar. Não havia essa necessidade",expõe.
Sobre haver chance de a sargento voltar a seu posto, o major diz que não."Isso não é
possível, por ter havido quebra de disciplina e também pelo planejamento anterior".
A reportagem procurou pela sargento Solange no grupamento de Florínea, por onde ela ainda responde, mas a informação foi de que (ontem) ela não estava na unidade.
O major disse que, também, não tinha conseguido ouvi-la ainda.
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