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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sabesp e Prefeitura de Assis - Câmara recebe secretário de Obras que esclarece falta de estrutura para assumir os serviços de água e esgoto

''secretário de obras Toco durante sessão da câmara'' 
Ficou definido que haverá uma reunião, possivelmente esta semana, com o diretor e o superintendente da Sabesp
 
                   A sessão ordinária da noite desta segunda-feira (13) teve a presença do secretário municipal de Planejamento e Obras, Toco Buchi na tribuna, numa interação com todos os vereadores da casa. A discussão girou em torno da polêmica renovação, ou não, do contrato com a Sabesp, já vencido. 

Em uma das suas explanações, Toco, que tentou ser imparcial, admitiu que o município assumir a água e o esgoto de Assis é algo bastante preocupante. 

"O que me amedronta é o município arcar com essa responsabilidade e não ter estrutura para acudir, no caso de uma catástrofe como as que temos visto por ai. Não sabemos o que pode acontecer no futuro. Não vou dizer que sou contra, ou a favor. Não posso reclamar do serviço, nem da qualidade da água. Sabemos que a Sabesp tem estrutura financeira para bancar e acudir no caso de necessidade. O município teria essa estrutura? Essa é uma das minhas preocupações como cidadão", admitiu. 

Para Márcio Veterinário, o município é "capenga", não teria sequer como pagar indenizações. "Tenho grande preocupação essa negociação. Eu já sabia que a administração não teria coragem de assumir a água e esgoto de Assis. O que fizeram há 30 anos foi um contrato leonino, muito mal analisado, e agora estamos de mãos amarradas, mas temos de ter coragem de analisar esse projeto e votar sim ou não", disse. 

Outra grande preocupação dos vereadores é relacionada à multa que o município terá de pagar no caso de rompimento de contrato, ainda o valor (considerado pequeno) que a Sabesp investirá. Ventila-se que a indenização gire em torno de R$ 160 milhões. O investimento por parte da Sabesp, caso o contrato se renove, seria de R$ 46 milhões. 

Kiko Binato manifestou-se sobre esse quesito: "A questão de indenização é questionável, pois ela (Sabesp) usou do que investiu para lucrar em cima e poder oferecer algo de qualidade. É meio dubio falar em pagar. O município teria dificuldades para arcar com o serviço, mas isso não é impossível". 

Para o vereador Timba, trata-se de uma decisão da qual o Executivo deveria participar mais ativamente, algo que não vem acontecendo, tanto assim que a "boa vontade" de Toco em se fazer presente foi bastante elogiada. 

"Trata-se de uma questão do Executivo. No meu ponto de vista a solução para esse problema seria esse projeto ser retirado, pedir o adiamento por mais um ano, deixar para próxima legislatura, ter mais calma para votar", expôs. 

Ana Santa reagiu: "Ficar adiando por mais um ano é algo muito longo. O que você (Toco) nos falou aqui, mostra o tamanho da dificuldade para o município em arcar com o serviço. Havendo essa dificuldade podemos conversar voltados para dados mais técnicos. Acho a qualidade da água da Sabesp muito boa. É a primeira vez que vem alguém da prefeitura para nos dar uma palavra e você foi muito sincero", disse se dirigindo a Toco. 

Para Ricardo Pinheiro Santana é necessário "debruçar" mais sobre o assunto. "Eu confesso que realmente existe muito a ser discutido. O que não é oportuno agora é ficar discutindo o contrato, mas sim se a prefeitura tem condições de assumir o serviço. O senhor foi convocado nos dizer se a prefeitura tem condições de assumir os serviços, e não o contrato. Se tem duvida sobre o contrato, que coloque no papel, direcione à Sabesp e resolva. Sou contrario a deixar isso para o ano seguinte. Tem que resolver esse assunto que não pode ficar se arrastando, sem saber até quando. Se o problema é o contrato vamos sentar alterar isso. Se o município vai assumir, que monte uma autarquia, contrate as pessoas necessárias e assuma o serviços. Temos que nos debruçar mais sobre esse assunto e resolver de uma vez por toda. Todos esperam uma solução da Câmara e do Executivo com consonância com a população", manifestou-se.

Para José Fernandes é importante convidar o diretor da Sabesp para, na próxima sessão, sanar as dúvidas. "Precisamos saber direito qual é a proposta e aceitar ou rejeitar. Não quero terminar minha candidatura como alguém que não conseguiu dar resposta à sociedade sobre uma questão importante como essa", ressaltou. 

Quase ao término da discussão sobre a Sabesp os vereadores foram informados pelo presidente da Câmara, Célio Diniz, que tanto o gerente divisional da Sabesp, como o superintendente foram convidados e devem comparecer à Câmara Municipal na próxima quinta ou sexta-feira. "a reunião está prevista para quinta ou sexta; estamos aguardando um espaço na agenda do superintendente", finalizou. 

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