Um jovem de 19 anos descobriu que a namorada, que supostamente estaria grávida de cinco meses, era na realidade um travesti. O caso ocorreu em Cocal do Sul, município localizado a cerca de 200 km de Florianópolis, e só foi descoberto por acaso após uma investigação coordenada pela Polícia Civil.
A descoberta fez com que o rapaz precisasse ser hospitalizado em estado de choque. O caso começou a ser desvendado por policiais civis depois que a suposta grávida, acompanhada da sogra, registrou queixa contra uma agressão sofrida pelo padrasto, que teria ocorrido no último dia 22 de outubro.
“Elas apareceram na delegacia, só que o nome fornecido pela garota não constava em nosso sistema”, disse o policial Evandro Carlos Rodrigues, que coordenou as investigações. “Ela tinha barriga, nunca sequer passou pela nossa cabeça que fosse um travesti”, completou.
De acordo com Rodrigues, a polícia começou a investigar o caso por desconfiar que a jovem, também de 19 anos e chamada de Bruna de Souza, pudesse ser fugitiva da Justiça.
“Pensamos se tratar de uma pessoa com mandado de prisão em aberto ou que tivesse fugido de casa e não quisesse ser encontrada pelos familiares”, recordou. “Descobrimos dias depois, através de uma ocorrência policial que o nome verdadeiro dela é Rodinelli, morador de Gravatal. Foi um enorme susto”.
O policial afirmou que a jovem aparentava barriga de grávida e que chegou a apresentar sintomas dentro da delegacia, como enjôo e tonturas. “Ela apresentava gravidez psicológica e acreditava piamente que estava realmente grávida do rapaz”, disse Rodrigues, acrescentando que o travesti chegou a fornecer detalhes de como conseguiu se passar por mulher por seis meses para o companheiro. “Ela afirmou que eles só mantinham relações sexuais com as luzes apagadas e que o rapaz era proibido de tocá-la”.
Após a descoberta, os dois se separaram. O rapaz, que chegou a ficar internado depois do susto, passa bem, mas evitou comentar o caso com a imprensa. A jovem Bruna deixou a cidade e nem mesmo a família, em Gravatal, sabe sobre o seu paradeiro.
“Depois de tudo, nos informaram que ela viajou”, disse o investigador. “Como ela não usou documento falso, não abrimos nenhum tipo de procedimento na delegacia”.
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