Questionado sobre a denúncia de agressão contra três policiais militares de Assis, o tenente PM André Pereira, responsável pelos setores de Comunicação Social e de Justiça e Disciplina do 32º Batalhão da Polícia Militar do Interior informou já ouviu os denunciantes , o mecânico Maurílio Aparecido Cardoso, 53 anos, o "Pezão" e seu filho, Rafael Henrique Cardoso, de 21, na tarde desta quarta-feira (14).
O oficial disse que serão iniciados os procedimentos internos e diligências necessárias para checar a situação denunciada, contudo, só poderia se pronunciar com a autorização da 5ª Sessão do Estado Maior. "As providências necessárias serão adotadas, ainda não foram ouvidos os policiais. No momento estamos em trabalho investigativo", resumiu.
O CASO – Na manhã desta quarta-feira (14), o mecânico Maurílio Aparecido Cardoso (53), conhecido por "Pezão" e seu filho, Rafael Henrique Cardoso (21) denunciaram à imprensa que foram agredidos por três policiais militares, no dia anterior, em uma oficina mecânica na avenida Otto Ribeiro, 3157, em Assis.
Ambos afirmam não ter sido a primeira vez que os mesmos policiais os perseguem e praticam atos de violência. Após narrarem sobre o que passaram, pai e filho foram ao pronto socorro municipal, onde o Pezão faria exames. Ele sentia dores no pescoço, que teria sido pisado por
um dos policiais. Segundo afirma, sua costela foi fraturada pelos golpes sofridos. Após terem deixado as dependências do Jornal Voz da Terra, Rafael voltou correndo e pediu socorro. Ele implorava para que não deixassem que o matassem, nem ao seu pai, pois tinha apanhado de
novo, e sido ameaçado, em represália à denúncia feita há pouco.
Segundo o rapaz, enquanto o pai aguardava para ser atendido, dois dos três policiais chegaram, de moto, e lhe deram uma dura dizendo que "agora você vai ver o que é bom". O rapaz conta que os PMs estavam nas imediações do jornal, à paisana, e os seguiram até o PS.
"Eles me seguraram pelo braço, me bateram de novo. Eu cai, consegui levantar e sai correndo pro jornal porque não podia chamar a polícia.
Me ajudem, salvem meu pai, ele está lá fora e vai morrer se apanharnmais", dizia chorando.
Rafael implorou para que mais órgãos de imprensa fossem chamados, bem como a Polícia Civil. Logo depois, o pai dele chegou, não menos nervoso.
O COMEÇO, SEGUNDO AS VÍTIMAS – Dono de uma oficina mecânica localizada na rua Joaquim Nabuco, 55, na Vila Santa Rita, em Assis, Pezão conta que há três meses um rapaz entrou lá para arrumar o pneu de uma moto e a deixou no local. Logo chegou uma viatura, dizendo que era roubada e que a levariam, apreendida. "Falei que não deixaria sem um mandado de apreensão, ou a presença do dono. Eles insistiram e me ofenderam, dizendo que levariam de qualquer jeito, eu deixando, ou não. Fechei o portão e jogaram spray pimenta nos meus olhos. Tentaram um mandado de apreensão, mas não conseguiram. Os três voltaram na oficina e me fizeram assinar um papel, dizendo que eu não deixei levar a moto porque o dono, que é bandido, ameaçou me matar se eu entregasse, o que não é verdade. Eles me coagiram. Depois disso, passaram a perseguir a mim e a meus três filhos, todos trabalhadores", conta.
Na terça-feira (13), Rafael Henrique Cardoso pilotava uma moto, sem habilitação, e teria sido perseguido pelos três policiais. Ele entrou em uma oficina mecânica, comprou algo, e, na saída, teria sido agredido por eles: "Um dos policiais me apontou a pistola e outro me algemou. Me deram bicudas e cai no chão. Procuraram documentos no meu bolso e me arrancaram a bermuda, me deixaram de cueca e tiraram sarro.
Levei tapas na cabeça, vários pontapés pelo corpo. Quando pararam com a pancadaria, telefonei para meu pai, que chegou na oficina onde entrei; ele foi espancado também, na frente de todo mundo", afirma.
Apavorado com o telefonema do filho, Pezão conta que chegou à oficina e, quando estacionou a moto e retirou o capacete, foi derrubado no chão e pisoteado no pescoço pelos policiais. "Pegaram meu capacete e me deram vários golpes e chutes, eu não estou aguentando de dor e não aguento mais essa perseguição. Eles disseram que se a gente procurasse a polícia, ou a imprensa, levaríamos a pior, que quebrariam os dentes do meu filho, que armariam para a gente com drogas", narrou nervoso.
No meio da tarde, pai e filho deixaram o batalhão e foram ao IML – Instituto Médico Legal, para passarem por exame de corpo de delito. A Polícia Civil registrou boletim de ocorrência para averiguar o caso.
Rafael Henrique Cardoso relatou que está sendo vítima de "perseguição"
Algumas marcas supostamente deixadas pela agressão foram mmostradas
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