Presente na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Assis, na segunda-feira (06), o professor de Biologia da escola estadual Carlos Alberto de Oliveira, Claudio Vieira, que coordena o projeto "Olho D’Água", voltado à recuperação das nascentes de água urbana do município de Assis, aprovou e comemorou, juntamente com alunos, a não votação/aprovação do contrato entre a prefeitura local e Sabesp para os serviços de concessão de tratamento de água e esgoto.
"Desenvolvemos um trabalho aos finais de semana, na Escola da Família, e viemos fazer nossas colocações para que a votação do projeto apresentado pela Sabesp fosse adiado. Seria uma irresponsabilidade aprovar algo assim".
Na ótica do professor, antes da celebração do contrato tem de ser discutido com a população um plano de saneamento básico participativo, onde, não um grupo político adeque o plano de saneamento básico à concessionária, mas que ocorra o contrário, ou seja, a Sabesp se adeque as necessidades do município.
"O que percebo é que a própria concessionária fez um plano de saneamento, mal feito, sem ouvir a sociedade. Vamos lutar pelo atrelamento da Lei de Saneamento Básico à Lei de Resíduos Sólidos, pois ai sim poderemos criar políticas ambiental, agrícola, entre outras".
Claudio Vieira destaca que não é viável nem a municipalização do serviço, que a seu ver cria oligarquias regionais (cabidões de empregos), nem que os serviços continuem nas mãos da Sabesp.
"A Sabesp está nas mãos de banqueiros, que exploram os nossos recursos hídricos para fazer o que quiserem, inclusive a guerra", destaca.
O QUE TERIA DE SER FEITO? Na opinião do professor o ideal para o município seria que os próprios funcionários da Sabesp assumissem os serviços, através de uma cooperativa que seria gerida por um comitê de representantes de trabalhadores de Assis e prefeitura através de uma agência reguladora.
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